segunda-feira, outubro 16, 2006

Obras falham prazos e orçamentos


"A Grande Lisboa conta com sete obras públicas cuja conclusão está a ser sucessivamente adiada. Erros de projecto são a principal razão apresentada pela Ordem dos Engenheiros para as sucessivas falhas no cumprimento de prazos e orçamentos.

A reabilitação do túnel ferroviário do Rossio, que em Outubro de 2004 fechou à circulação ferroviária perante a ameaça de derrocada, é o mais recente exemplo de obras que não andam nem desandam. Juntam-se-lhe o túnel do Marquês, o túnel do Metro do Terreiro do Paço, o nó ferroviário de Alcântara, o Metro Sul do Tejo, em Almada, e troços da Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL) e do Eixo Norte-Sul, ambas ligações rodoviárias.
(...)
FALHAS E ATRASOS
Segundo a Ordem dos Engenheiros, são vários os factores que estão na origem da derrapagem de prazos e custos nas obras públicas. Falhas e erros na definição dos projectos, prazos de construção não compatíveis com compromissos políticos, informação insuficiente ou até falta de competência técnica são alguns dos factores apontados. A Ordem calcula que entre a celebração do contrato e a conclusão da obra, se tudo correr bem, passam entre 21 e 27 meses.
ALTERAÇÕES
Para ganharem concursos públicos, muitas empresas de construção tendem a apresentar propostas com valores inferiores ao preço de custo. Ganho o concurso de atribuição da obra, apresentam-se algumas alterações ao projecto, com base em alegadas situações de mau desenho técnico e más estimativas. Na apresentação final das contas são então adicionados valores referentes a trabalho extraordinário.´
INVESTIMENTOS
Os sistemas de transporte nas áreas metropolitanas vão receber investimentos no valor de 727 milhões de euros até 2009. O número foi avançado pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, na apresentação do Programa de Investimento de Infra-estruturas Prioritárias do Governo. A expansão da rede do Metro de Lisboa e a conclusão da primeira fase do Metro Sul do Tejo estão entre as prioridades. No total, o sector dos transportes vai receber investimentos da ordem dos 8,3 mil milhões de euros.
(...)
TERRENOS PARAM ALMADA
A obra do Metro Sul do Tejo tem sido marcada por sucessivas interrupções perante a necessidade de intervenções arqueológicas e demora na entrega de terrenos públicos em Almada."
In Correio da Manhã de 08-Out-2006

1 Comments:

Anonymous Anónimo Escreveu...

A "arqueologia" de Almada tem a ver com o atrazar das obras sine die para avançarem e inaugurarem nas vésperas das próximas autárquicas.

segunda-feira, 16 outubro, 2006

 

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