Seixal no Salão Imobiliário de Lisboa

São quatro os projectos nas áreas de restauração e lazer que a Câmara do Seixal leva ao Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), entre 22 e 26 de Novembro, com o objectivo de encontrar investimento privado para os mesmos. “São projectos que a autarquia coloca no mercado, oferecendo espaço público, condições de investimento, infra-estruturas e amortização a longo prazo”, esclareceu o presidente do município, Alfredo Monteiro, hoje durante a apresentação dos mesmos.

Os projectos estão ligados ao “principal recurso natural do Seixal, a baía”, nota o autarca, e enquadram-se na “linha do turismo que está a ser construída para o concelho, que não tem tradição turística”, acrescenta. Restaurantes, cafetarias, bares, esplanadas ou passeios pedonais são algumas das propostas da autarquia para o parque ribeirinho da Amora, Estaleiro Naval da Quinta da Fidalga, Moinho Novo dos Paulistas e Ponte Cais do Seixal.

O parque ribeirinho da Amora ocupa uma área de cerca de 1,5 hectares, prevendo o projecto uma área útil de implantação de 497,50 metros quadrados. Trata-se de um equipamento de dois pisos destinado ao lazer e turismo, com grandes áreas envidraçadas e situando-se parcialmente sobre a água.

Também o antigo espaço do estaleiro naval da Quinta da Fidalga será transformado numa área de lazer e turística, com vertentes de restauração, saúde ou bem estar, em dois edifícios, um com uma área de implantação de 490 metros quadrados e o outro com 82 metros quadrados.

O Moinho Novo dos Paulistas, um dos 12 moinhos de maré instalados no concelho e a poucos metros do Centro de Estágios do Benfica, será recuperado e valorizado nas vertentes do Lazer e do Turismo. Numa área de implantação de 299 metros quadrados deverá nascer um projecto na área da restauração tradicional ou inovadora, ao mesmo tempo que se garante a preservação integral da área da caldeira (37,14 metros quadrados).

Na Ponte Cais do Seixal, antigo terminal fluvial, será implantada uma zona de restauração com passeio pedonal e uma sala de embarque para apoio às viagens a bordo das embarcações tradicionais do Seixal, que ficarão ancoradas no respectivo cais. A área bruta do restaurante será de cerca de 241 metros quadrados, a da esplanada de 53 metros quadrados e a da sala de embarque de 68,40 metros quadrados.

Para Alfredo Monteiro este modelo de desenvolvimento entre os sectores público e privado “é algo inovador” e que vai permitir a “recuperação do património arqueológico”, criando-se uma “rota industrial de carácter turístico” e a “revitalização do espaço ribeirinho”, tornando o Seixal num “pólo de atractividade turística ligado ao ambiente, à história e às tradições”.

Mas para o presidente da autarquia, e considerando os 500 hectares que a Baía do Seixal possui, a grande área de oportunidade reside na náutica de recreio. Alfredo Monteiro revela que em 2007 “já haverá definição do plano de investimentos para a este sector”, salientando que os modelos dos portos de recreio “estão a ser discutidos no âmbito do próximo quadro comunitário” e que o Seixal “vai estar na linha da frente deste projecto”.

Para já são “quatro os espaços para concessionar, que são os prioritários, mas não serão os únicos”, fazendo parte do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo do Seixal, e que vão ao SIL “em busca de investidores”, esclarece Paula Magalhães, coordenadora do gabinete do turismo. O edil afiança ainda que “no primeiro trimestre de 2007 abrirão os concursos públicos para estes projectos”, que “têm tido enorme receptividade dos investidores portugueses e estrangeiros”.

No stand ‘Espaço Seixal’ no SIL estão também presentes a Urbindústria, com o Estudo de Ordenamento Urbano e Paisagístico da área da Ex-Siderurgia Nacional, a A. Silva & Silva Imobiliária, com o empreendimento Seixal Baía, e a Libertas, com a urbanização da Quinta da Trindade. Uma forma de “promover os investimentos do Seixal no seu conjunto”, conclui Alfredo Monteiro.

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