"Jamais" aeroporto no Deserto

«O que eu acho faraónico é fazer o aeroporto na Margem Sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hóteis e onde há questões da maior relevância que é necessário preservar.»

As palavras do ministro terão deixado muita gente incomodada, nomeadamente por considerar a Margem Sul um deserto, tendo 800 000 habitantes (segundo Alfredo Monteiro, Pres. do Município do Seixal).

Apesar das suas palavras menos simpáticas para com o Lado Certo, concordo com a ideia de que a Margem Sul tem zonas importantes a nível de ambiente, que é necessário preservar, algo que iria trazer um impacto negativo com o novo aeroporto. Já não posso é concordar com a sua justificação para a não construção. Ora se não há pessoas, não se constroem infraestruturas? Não se constroem escolas?

Por isso o interior do país está como está. Os hospitais estão a reduzir serviços, escolas estão a fechar, serviços que são deslocados para as grandes cidades, cada vez nasce menos gente... Qualquer dia mora tudo em Lisboa e Porto, porque o interior está a ser completamente dizimado com esta governação.

Mais grave que as declarações do Ministro Mário Lino, considero ser aquilo que o Ex-Presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, proferiu:

"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país"

Sem comentários...Qualquer dia temos que começar a cobrar portagens aos moradores do outro lado que queiram vir às praias da Costa Azul...