Notícia do Sol
Deputado do PSD fala em desrespeito por decisões governamentais nas obras do Metro Sul do Tejo
O deputado do PSD Luís Rodrigues vai questionar o Governo sobre o alegado desrespeito de uma decisão governamental sobre o Triângulo da Ramalha, em Almada, onde decorrem actualmente as obras do Metro Sul do Tejo
Luís Rodrigues, deputado social-democrata eleito por Setúbal, acrescentou que, além de apresentar um requerimento ao Governo ainda esta semana, irá marcar reuniões com a Câmara Municipal de Almada e com a secretaria de Estado dos Transportes para aprofundar as questões levantadas nesta zona.
O local tem estado envolto em polémica desde o início do projecto, com os moradores da zona a contestarem a opção apresentada no traçado, visto que fica situada junto a uma área residencial. Nesse sentido, os moradores da Rua Lopes de Mendonça, que recusam a passagem do metropolitano à sua porta, apresentaram um estudo alternativo, que acabou por ser o escolhido, entre cinco soluções, pela secretaria de Estado dos Transportes como sendo «a mais favorável do ponto de vista ambiental, dos custos de construção e dos impactos para a população residente».
Um estudo realizado paralelamente pelo Gabinete de Missão do Metro Sul do Tejo, o representante do Estado na obra, anunciou que os custos da solução apresentada pelos moradores seriam mais baratos que a opção levada a cabo pela concessionária em cerca de 1,2 milhões de euros.
A opção que está a ser levada a cabo, com as obras a decorrer neste momento, prevê a passagem da linha do metropolitano nas ruas Lopes de Mendonça e José Justino Lopes, ou seja, junto a áreas residenciais, enquanto a proposta dos moradores, aceite pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Vitorino, prevê a passagem pela Rua de Alvalade, não interferindo com as zonas residenciais do local.
O deputado Luís Rodrigues, que esteve hoje no local onde decorrem os trabalhos acompanhado pelo líder da Juventude Social-Democrata de Setúbal, Nuno Matias, considerou a situação «inadmissível», revelando que irá pedir esclarecimentos ao Governo no sentido de perceber o porquê de uma decisão governamental não ter sido tida em conta na definição do traçado.
«Alguém vai ter de me explicar o que se passa e o porquê de um despacho da secretária de Estado dos Transportes ter sido ignorado na realização deste traçado», defendeu o deputado social-democrata.
A redução da largura dos passeios e do número de lugares de estacionamento, o aumento de circulação automóvel na rua e do ruído e a dificuldade de acesso das viaturas às garagens são as principais razões apontadas pelos moradores para a deslocalização da linha que se pretende implementar na rua Lopes Mendonça.
Luís Rodrigues acusou também os responsáveis pela obra de «desleixo» por não estar prevista a passagem de nenhuma linha do metropolitano passar junto ao Hospital Garcia de Horta, estando a paragem mais próxima do local situada a cerca de 800 metros da unidade de saúde. O deputado argumentou que a paragem colocada no Pragal não irá servir os utilizadores do Hospital Garcia de Horta, visto que «fica muito longe para ir a pé, mas perto demais para outra deslocação, neste caso, de autocarro».
Os cerca de dez moradores da rua Lopes Mendonça que acompanharam a visita acusaram ainda a Câmara Municipal de ter aceite a continuação da obra mediante uma solução, a sexta, que «nem sequer foi discutida em qualquer órgão municipal».
3 Comments:
Será que de repente, a comunicação social começou a olhar para o MST com outros olhos?
E a ouvir com outros ouvidos?
quarta-feira, 18 julho, 2007
Não me parece. As notícias que saíram apenas dizem respeito a jornais nacionais, sem grande impacto a nível nacional, pois nunca fazem capa. Para que esta questão ganhe visibilidade é necessário algo mais.
quarta-feira, 18 julho, 2007
e nós estamos a lutar por esse ''algo mais''
façamos ouvir Almada através dos Almadenses
quinta-feira, 19 julho, 2007
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