Segunda linha do Metro Sul Tejo inaugura a meados de Dezembro
A segunda linha do Metro Sul do Tejo, entre a Cova da Piedade e a Universidade do Monte da Caparica, será inaugurada em meados de Dezembro, apesar dos atrasos nas obras, disse à Lusa o responsável dos trabalhos.
O coordenador das obras, Marco Aurélio, garantiu que os trabalhos da linha relativos à zona onde circulam os veículos, ficarão concluídos até ao final desta semana, começando os testes de comboios no início da próxima semana.
Segundo o responsável, o atraso na obra é de cerca de 15 dias.
Actualmente, a zona mais atrasada de obra situa-se entre o denominado triângulo da Ramalha e a estação do Pragal, devido à contestação dos moradores da zona ao traçado proposto na concessão.
Além da obra da linha propriamente dita, e até ao dia da inauguração - prevista para dia 15 ou 16 de Dezembro - falta ainda colocar os materiais nas paragens, como bancos e caixotes do lixo, e recuperar a zona entre a auto-estrada de Sul (A2) e o Monte de Caparica «que está pronta há vários meses mas que já foi vandalizada entretanto».
«Do ponto de vista da infra-estrutura e dos arranjos exteriores ficará tudo pronto a tempo. A data de inauguração dependerá do processo de licenciamento por parte do Governo e da concessionária», revelou Marco Aurélio.
Apesar de ainda não se verem comboios a circular na nova linha, o responsável de missão da obra garantiu que os testes eléctricos «já estão a ser realizados», estando os trabalhos, nessa parte, completamente concluídos.
Ainda não há confirmação estatal da inauguração da obra, mas Marco Aurélio confirmou que na parte de gestão de obra «estará tudo concluído a tempo».
A primeira linha do Metro Sul do Tejo inaugurou no passado mês de Maio, entre Corroios e a Cova da Piedade, mas o retorno em termos de lucro e de utentes não tem sido grande.
O primeiro troço inaugurado acaba por não sevir as necessidades dos cidadãos, visto que não liga as populações a interfaces importantes como a estação de comboios do Pragal ou a estação fluvial em Cacilhas.
Na altura, os utentes queixaram-se também dos preços dos bilhetes, visto que a concessionária, a Metro Transportes do Sul, optou por manter o preço dos bilhetes igual ao custo que terá um acesso quando todas as linhas estiverem prontas.
A principal preocupação de Marco Aurélio prende-se agora com o facto de os trabalhadores se terem centrado nas obras da linha que inaugura no próximo mês, «o que acabou por atrasar o troço de Cacilhas até Almada».
No entanto, o responsável pela gestão da obra acredita que, até à inauguração do último troço, prevista para Novembro do próximo ano, o tempo perdido seja recuperado sem atrasos de maior.
Esse troço representará o término de toda a obra do Metro Sul do Tejo, que, caso os lucros assim o justifiquem, será ainda estendido ao Seixal e ao Barreiro.
IN Diário Digital / Lusa