segunda-feira, novembro 27, 2006

Arquitectos repensam a Charneca

Seguem-se as linhas principais dos projectos de reabilitação para a zona da Charneca da Caparica, sugeridos no âmbito do 11º Congresso de Arquitectos e Urbanistas que ocorreu no passado fim de semana, no Forum Municipal Romeu Correia:

"Um teleférico (a ligar a Charneca às praias), edifícios que conjugam escritórios com habitação ou a criação de pontos de referência são algumas das propostas de 35 arquitectos para a Charneca de Caparica, em Almada. Durante 15 dias, divididos em grupos de sete, os projectistas debruçaram-se sobre o território daquela freguesia.

O resultado são cinco estudos onde se identificam "dois níveis de reflexão". Um que apresenta propostas que "procuram uma solução rua a rua", e outro com "desafios mais ambiciosos", explica o arquitecto José Romano.

No primeiro grupo surgem dois estudos. O primeiro propõe a criação de dois pólos vitais: o actual centro de Palhais, onde se desenvolvem actividades sócio-culturais, e o centro Marco Cabaço, onde se encontra o mercado. Apresenta também um teleférico, que num percurso de 1500 metros ligaria o mar da Palha à arriba, e estruturas de muros, que dividem o espaço público do privado.

Um segundo estudo sugere a extensão da linha do Metro Sul do Tejo à Charneca, que assentaria na faixa central das infra-estruturas existentes. Preconiza a reconversão do nó histórico do largo das duas igrejas, onde se deveria criar um monumento e uma alameda de plátanos. Na Alameda Amália Rodrigues nasceriam edifícios com salas de espectáculos no piso térreo, comércio no primeiro andar e habitação no segundo.

Num nível mais macro, surge uma proposta que coloca edifícios já existentes, como o museu Guggenheim (em Bilbao, Espanha) e o Pavilhão de Portugal (no Parque das Nações, em Lisboa), no território da Charneca. Na realidade, o que se propõe "não é que se construam estes edifícios neste território ou sequer outros à mesma escala", mas sim "criar edifícios singulares que se distingam na mancha verde", esclarece José Romano.

Ideia semelhante surge num quarto estudo, que recorre a quatro réplicas do Cristo Rei para "criar quatro pontos de referência que sirvam de orientação às pessoas". Assim, as quatro réplicas dariam lugar a quatro estruturas: uma dedicada ao Aquafitness, outra às associações recreativas da zona, uma terceira à mancha verde e outra à indústria.

O quinto estudo "medeia entre estes dois níveis" e apresenta a noção do "habitar a rua", preservando a mancha verde existente e criando condições para o remate da malha urbana circundante, tendo por base a N377 e a Alameda Amália Rodrigues, que ligam a "sucessão de quintas e casas anónimas".

In Diário de Notícias de 25-Nov-2006


2 Comments:

Blogger 100smog lda. Escreveu...

realmente faz falta novas estruturas e novas zonas de urbanismo sendo que almada é um sitio complicado!!! paraben spelo site ;)

segunda-feira, 27 novembro, 2006

 
Blogger Luis Eme Escreveu...

Ideias nunca faltam... falta apenas o resto.
Almada está a entrar nos domínios da ficção, agora também, a nível arquitectónico...

terça-feira, 28 novembro, 2006

 

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