5 anos de atraso para o Costa Polis
Cinco anos. É este o atraso das obras (só? não se conseguem mais uns mesitos?) de requalificação urbana e valorização ambiental que o Pólis da Costa de Caparica irá contabilizar quando ficar concluído em 2011. Isto, claro, se se cumprir o novo prazo. Lançado em Julho de 2001, a conclusão prevista era 2006, mas longe dessa meta, e apenas com um dos sete planos de pormenor com obras no terreno, procedeu-se agora à reprogramação física e financeira daquele que é o maior Pólis do País, abrangendo uma área de 650 hectares.
A Sociedade CostaPolis (60% Estado e 40% município), que gere este programa, extinguir-se-ia em Junho deste ano, mas a Assembleia Municipal de Almada e a Assembleia-Geral da CostaPolis "já aprovaram a prorrogação desta sociedade até 2011" (e talvez também tenha aumentado o prolongamento do "tacho" de mais alguém e do orçamento da obra) , esclarece o presidente da assembleia municipal. José Manuel Maia avança que a "liquidação da sociedade decorrerá durante 2011", admitindo (não tem a certeza...) contudo que "as obras possam ocorrer até 2012".
Por outro lado, José Manuel Maia garante que os valores globais de investimento "não sofreram qualquer redução", mas sim uma "alteração da proveniência dos bens", com um "reforço dos bens em espécie" (terrenos cedidos). "A autarquia entregou três terrenos, que perfazem uma área de 83 mil metros quadrados e com um valor de 4 milhões de euros", salienta.
O programa Pólis da Costa de Caparica visa recuperar e requalificar a frente de praias (vê-se o que acontece todos os Invernos) e a zona da vila, promover mobilidades alternativas ao automóvel (para quando o MST chega à Costa?), reorganizar o estacionamento e criar locais e equipamentos de desporto e lazer. Trata-se de uma zona balnear visitada anualmente por milhões de pessoas, que ali procuram momentos de recreio.
Foi para concretizar estes objectivos que foram desenvolvidos sete planos de pormenor (planos estruturantes). No entanto, e perante os últimos avanços do mar sobre as dunas da Costa, ainda que fora da área de intervenção do Pólis, Francisco Ferreira, da Quercus, considera ser necessário "fazer uma nova avaliação das propostas, para evitar gastos desnecessários".
A população diz-se ansiosa pelas obras que darão um novo rosto à Costa de Caparica, mas queixa-se dos atrasos e da falta de informação. Apesar das expectativas, são também muitas as críticas a algumas das propostas apresentadas.
In Diário de Notícias de 15/01/2007
1 Comments:
Estava a ler este "post" e preparava-me já para anotar aquilo que afinal a Quercus aponta.
Não é excesso de pessimismo por parte de Francisco Ferreira, mas é bom que estes senhores, todos, se lembrem que o mal das dunas não é de agora.
Poder central e local têm culpas no cartório e o Pólis já me parece uma visão, tal é a forma de ser tratado pelos responsáveis.
2011? 2012? Já começa a ser irrelevante. Haja alguém que afirme
com convicção e verdade que o Pólis vai mesmo para a frente.
É que os caparicanos não acreditam no Pai Natal...
segunda-feira, 15 janeiro, 2007
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